Dois bicicletário públicos de Curitiba, um no Centro Cívico e outro no Jardim Botânico, começam a funcionar a partir deste sábado (10). Nos pontos, abertos todos os dias das 10 às 18 horas – inclusive nos feriados –, os ciclistas contam com estacionamento, conserto e venda de bicicletas, além de acessórios temáticos. “Tudo para oferecer segurança e conforto aos usuários”, explica Rafael Medeiros, da empresa responsável pelos bicicletários.Outro ponto de apoio ainda será aberto no Parque São Lourenço, mas, devido a obras de dragagem no Rio Belém, que corta o local, ainda não há previsão para a inauguração deste bicicletário.
A abertura dos locais, que fazem parte do mobiliário urbano da cidade, era esperada pelos usuários após quase cinco anos de abandono e três tentativas frustradas de licitação. Os bicicletários do Centro Cívico, Jardim Botânico e São Lourenço foram construídos em 2007 e estavam, até então, sem uso.
Compartilhamento
A partir de dezembro, os ciclistas também poderão contar com um serviço de compartilhamento de bicicletas nos pontos de apoio. A ideia, já em prática em outras 300 cidades no mundo, sendo dez brasileiras, consiste no cadastramento de usuários, que poderão retirar e devolver as bicicletas em qualquer um dos bicicletários. O valor do empréstimo será de R$ 5 por hora.
O sistema, criado especialmente para a capital paranaense, prevê a disponibilização de dois pontos de retirada e devolução – justamente nos bicicletários do Centro Cívico e Jardim Botânico – e 21 bikes. A pretensão, segundo Medeiros, é ampliar o sistema para dez pontos de compartilhamento e 250 bicicletas. “A empresa tem um projeto comercial para vincular anúncios publicitários nessas bicicletas, mas isso depende de patrocínio. Se conseguirmos financiamento integral, podemos garantir uma hora extra de aluguel para os usuários”, explica.
A implantação dos outros sete pontos possui algumas vantagens, segundo o empresário, já que não depende de outra licitação da prefeitura. “Posso implantar [os pontos] em lugares privados, como shoppings, lojas e outros, onde a segurança também facilita”, conta. Nesses locais, o compartilhamento será totalmente automatizado. O usuário fará um cadastro pela internet para pagar pelos empréstimos – entre R$ 15 e R$ 25 mensais para o uso diário por cerca de uma hora.
Sistemas
A bicicleta que será utilizada no sistema de compartilhamento tem alguns diferenciais em relação às magrelas tradicionais: tem três marchas que podem ser trocadas com a bicicleta parada, utiliza o sistema cardan no lugar da corrente e tem um formato especial, com guidão mais próximo ao corpo e quadro rebaixado, permitindo àqueles que não pedalam faz algum tempo que andem tranquilamente.
Além de o usuário ter de deixar uma caução para a empresa, as magrelas ainda serão equipadas com sistema de GPS, desenvolvido pela empresa paranaense Telemachine. Com essa tecnologia será possível localizar as bicicletas na cidade e, ao usuário, ainda estará disponível, via internet, o trajeto percorrido e as calorias gastas. O equipamento terá energia gerada por meio das próprias pedaladas e mesmo parado será carregado.
Outro sistema que será utilizado é o de Mídia Móvel por Localização (MML-SMS), que permitirá ao ciclista receber promoções e informações úteis via SMS.
Outros pontos
A ideia é também viabilizar a assinatura da permissão para outros três pontos licitados – Santa Quitéria e terminais do Carmo e do Pinheirinho –, já que o grupo vencedor da licitação do uso desses outros lugares desistiu da assinatura dos contratos. A Bicicletaria.Net poderá assumir a gestão desses outros três se cobrir o lance vencedor, conforme prevê a Lei de Licitações, pois as empresas ganhadoras desistiram.
Fonte: Gazeta do Povo
